FROTA BRASILEIRA ENVELHECE!

A frota de veículos em circulação nas estradas do Brasil está envelhecendo. O declínio, observado a partir de 2014, já alcançou os níveis de quase três décadas atrás, com números similares aos de 1994. A frota de usados se tornou a alternativa mais viável de boa parte da população que busca a aquisição sem precisar gastar valores superiores a 60 ou 70 mil reais.
Diversos fatores contribuíram para a desatualização da frota nacional. Um dos principais é a falta de condições financeiras do povo para adquirir veículos novos, tendo em vista o preço que eles atingiram nos últimos anos.
A pesada carga tributária que incide sobre os automóveis, aliada aos juros elevados de financiamentos, transformou a compra de um zero-quilômetro tarefa dificílima à maioria dos brasileiros. Poucas políticas de fomento à renovação da frota, por meio de incentivos fiscais e facilidades de pagamento, também contribuíram.

As consequências para o país:

• Aumento nos índices de poluição atmosférica, uma vez que os veículos mais antigos tendem a emitir níveis mais elevados de sujeira. Isso, além de prejudicar a saúde pública, agrava o impacto ambiental.
• A segurança no trânsito muitas vezes acaba comprometida. Carros fabricados há mais tempo possuem tecnologias de proteção menos avançadas, como freios ABS, controle de estabilidade e airbags, o que eleva o risco de acidentes.
• Aumento dos congestionamentos urbanos. Quanto mais velho o automóvel, maior sua probabilidade de apresentar falhas mecânicas e, assim, a interrupção do fluxo normal do tráfego, especialmente nas grandes e médias cidades.

Possíveis soluções para o problema:

• Incentivos fiscais, como a redução de impostos e taxas para a compra de veículos novos, tornando-os mais acessíveis à população, algo que o governo em vigor já prometeu, via MP.
• Programas de troca, com a implementação de negócios que substituam modelos antigos por novos e ofereçam quitações vantajosas.
• Investimento em transporte público, através da ampliação e da melhoria dos serviços.
Fonte: Balconista S/A